domingo, 17 de abril de 2011




Uma melodia violinística feminina
Tece um pano de fundo
Para que eu possa,
Como fortuitamente farei
Me anexar à paisagem
Que se forma;
Enegrecidas as nuvens
O ar umidifica-se gradativamente
O vento sopra demasiadamente forte
As árvores a balançar,
Factuam a tempestade que se adita
O sol, da intensidade de outrora, se ocultou.
O coral dá seu primeiro suspiro,
Levanta o miasma de terra molhada,
O tenor se manifesta,
O que vejo neste instante
É tão somente um clarão
– Um brilho rápido que se repete
O que ouço aturde-me,
Então, o artificial me deixa
Sozinho em meu ato observador regorzijante;
Eu continuo, mantenho-me observante;
Obedecente a introspecção tempestiva
Que me tomou de mim,
E fez-me escrever o despropósito,
A fenomênica existência que observo.
Eivo-me.
O tenor se compõe benevolente,
O coro em epilogue, agora.
Externa toda a subjetividade
Impossível de ser alcançada por outro
Ato anterior,
Jaz a existencialidade fenomênica,
Daquele instante cíclico pouco observado poeticamente.
Não obstante, ouço um derradeiro cantar,
É A ave, a seta que voa de dia – a fênix refugiada...
A melodia apaixonante,
A sublevação espiritual a titubear.
A elevação,
A cornamusa a rebentar:
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Cáio Lopes
06:06 pm
17.04.2011

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