sábado, 25 de junho de 2011

O arrebol no céu
De fim de tarde
O vento na face
E os cabelos teus
Em suave flutuar

Passarinhos em remanso
Dizem uns aos outros,
Num comunicar coletivo,
Comemoram a finitude cíclica
Do belo.

Observiente do instante
Sou contigo o próprio
Átimo encantador
A história real
Sentida e vivida, sem igual.

É almal, uma percepção aquém
Dos sentidos corporais
É o belo ou a beleza do ver-sentir
É almal.

Pois minh'alma
Não cansa
De reter o que é você
Em mim.
É pois, o ver-sentir.

É o verso, a oração,
É o pôr-do-sol, as cadeiras, o teu colo
É o coração
É coração.

É o ser contigo
Percebe-se compreendido
É ser contigo elevação
É amar
É o ser e estar

A história contada e vivida...
Que se renova, que como a lua
Se soergue indefinidamente
São seres complementares
Somos seres complementares

Almas em ver-sentir
Indefinidamente...
Pôr-do-sol.



Cáio Lopes
23.06.2011
às 18h00min

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