Então o luar se fez rubro como sangue
O fio tênue da lua cadente
Se pôs, decerto, como de fato, destino
O passageiro percorre ainda sua sorte
Mesmo consciente
De que seu destino é a morte
Seu propósito é a passagem
Sua caminhada é apenas o meio,
O espaço percorrido,
Domando o estar
Os onde-quandos
Que sempre precedem os instantes
Não é preciso mais que a voz
Ou a vontade
Pois, o devaneio é pensar
Por quê somos.
Caio Lopes
28.10.2011